A Polícia Federal descobriu que associações usavam uma funerária em Fortaleza, no Ceará, para lavar dinheiro de descontos sem autorização dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras mostram que a Global Planos Funerários recebeu R$ 34 milhões da Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas (CAAP) e mais de R$ 2 milhões da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN) para forjar mortes de idosos em 2023 e 2024.
Segundo a investigação, os rees custeariam quase nove mil enterros, uma média de 19 mortes forjadas por dia. A Justiça bloqueou quase R$ 350 milhões das duas associações.
O que levanta mais a suspeita é que nenhuma das associações ofereciam planos funerários. E o dono da Global Planos Funerários é ex-presidente da CAAP.
Em nota, a Global Planos Funerários disse que repudia veementemente qualquer acusação de envolvimento nos crimes. A CAAP e a AAPEN não responderam.
O governo não disse até agora quando os aposentados serão ressarcidos integralmente. Quase R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas foram descontados de 2016 e 2024.
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A União também não sabe quanto foi descontado sem autorização dos aposentados. Mas já pediu à Justiça o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades investigadas no esquema. Não se sabe se esse dinheiro existe ou se já desapareceu.
“A orientação do governo é, evidentemente, reformar o dano causado pelas pessoas que foram responsabilizadas pelo que aconteceu, mas a maneira de fazer ainda não está formatada”, declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao portal UOL.
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