A Polícia Federal (PF) revelou nesta semana uma nova etapa da operação que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo um esquema bilionário que pode ter causado prejuízos vultosos aos cofres públicos. O que mais chocou os investigadores foi a descoberta de indícios da participação de parlamentares — entre eles, deputados federais e senadores — no esquema criminoso.
A operação, que já vinha monitorando grupos criminosos especializados em fraudes previdenciárias, ganhou um novo rumo ao identificar que parte das facilidades concedidas para a liberação de benefícios irregulares, aposentadorias fantasmas e pensões fraudadas envolvia diretamente a atuação de políticos com foro privilegiado.
Diante das evidências, a Polícia Federal encaminhou os autos do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), órgão competente para processar e julgar autoridades com mandato parlamentar. Segundo fontes próximas à investigação, há movimentações atípicas e troca de favores entre agentes públicos e lobistas ligados ao esquema. Escutas telefônicas, relatórios de inteligência financeira e delações premiadas estariam sustentando as suspeitas.
O presidente do INSS, ao ser questionado, afirmou que a instituição está colaborando integralmente com a PF e que medidas internas já estão sendo tomadas para reforçar os mecanismos de controle e combate à corrupção.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve se manifestar nos próximos dias sobre os pedidos de quebra de sigilo e eventual prisão preventiva de alguns investigados. Até o momento, os nomes dos parlamentares envolvidos estão sob sigilo judicial, mas a expectativa é de que novas fases da operação tragam à tona mais detalhes.
- Sem Lula na disputa, Haddad surge como opção para 2026, afirma José Dirceu
- ANAC proíbe voos contratados pelos Correios por falhas em regras de segurança aérea
- Juíza condena réu por chamar bolsonaristas de “terroristas”
A sociedade civil e entidades de defesa da moralidade pública cobram transparência e punição exemplar para os envolvidos. “É inissível que justamente quem deveria legislar para proteger o povo esteja envolvido em roubar recursos destinados a aposentados e pessoas em situação de vulnerabilidade”, declarou o representante de uma ONG que acompanha o caso.
Por O Globo
Comments